Sobre a Europa: Londres, dia 2
09 de Outubro de 2015

Um dia é pouco - na verdade, não é nada - para se aproveitar Londres. Assim, no segundo dia de viagem, revigorado após uma boa noite de sono pra tirar toda a canseira da véspera mais a "ressaca de avião", lá fomos nós pro Underground para mais um dia cheio.

O início tinha que ser "rock'n'roll". Na nossa ida anterior a Londres, tínhamos ido a Abbey Road (e atravessado algumas dezenas de vezes a famosa faixa de segurança na frente do estúdio em que os Beatles gravaram) e agora restava tirar uma foto na frente do prédio cujo teto recebeu o último show da banda - sim, eu sei: qual a graça de tirar uma foto na frente de um prédio?, você deve estar se perguntando. Eu, que comecei na música ouvindo Beatles, respondo sem medo de errar: toda graça do mundo!

O lugar não é central como se pode imaginar, apesar de ficar em Piccadilly Circus, o bairro do teatro do musical da véspera e de um monte de outros espaços dedicados à cultura. Anda pra cá, vira pra lá e chegamos onde devia ser o lugar. Espanto: nenhuma placa, nenhuma indicação de que ali havia acontecido um evento histórico! A única pista de que não era exatamente um lugar normal eram duas senhoras que tiravam fotos por ali. Perguntei e uma delas respondeu, emocionada: "Foi aqui o último show dos Beatles!" Passamos para as fotos...

Aqui os Beatles fizeram seu último show
Depois, um momento "engodiet": uma parada numa loja da M&M. Tudo bem, eu sabia que essa marca era grande lá fora, mas nunca imaginei que fosse do tamanho que é. A loja tem nada menos que três andares, todos lotados de chocolate confeitado embalado de todas as formas que você possa imaginar. Tinha até Beatles lá! Complicado mesmo era aquele forte cheio de coisa doce no ar em todos os cantos... 


Abbey M&Ms...
De lá, fomos à famosa Tower Of London, castelo construído no Século XI às margens do rio Tâmisa. O lugar foi usado como prisão por mais de 800 anos (até 1952, para ser preciso) e hoje é uma concorrida atração turística. E bota concorrida nisso! A impressão que deu é que todos os turistas que estavam em Londres resolveram fazer o mesmo passeio que nós. Ou seja: havia uma multidão em qualquer lugar que você fosse. E a isso se somava o calor que fazia na cidade e, mais especificamente, dentro dos vários edifícios que compõem o castelo. 


Encenação de combate na Tower Of London

Dali, mais um passeio de turista: outra torre, agora a Tower Bridge, que, como o nome diz, é uma torre que fica numa ponte sobre o Tâmisa. O detalhe é que se trata de uma ponte levadiça e como o erguimento dela é uma operação completamente planejada, sabíamos exatamente a que horas isso ia acontecer. Escolhemos um lugar bacana às margens do rio e lá ficamos à espera. Próximo do horário, a cada barco que se aproximava ficava aquela expectativa: será que é esse? Até que o trânsito foi interrompido e a ponte começou a subir. E aí passou o barco... Quem esperava um navio de grandes proporções ficou tremendamente frustrado. Na verdade, era um barquinho com mania de grandeza (ou bem-dotado, se preferirem), já que o mastro era maior do que o barco em si... Filmei do melhor jeito que consegui. (veja aqui

Como a Tower Bridge permite que você a conheça por dentro, lá fomos nós. É um lugar bem interessante não só pela bela vista, mas também por ter parte do piso envidraçado - a sensação de olhar lá pra baixo para quem tem medo de altura deve ser bem apavorante. 


Andando nas alturas na Tower Bridge
Esse era nosso "dia de turista", então lá fomos pra London Eye - aquela roda gigante que aparece em tudo que é foto que se tira de Londres. Chegando no lugar, a sensação era que todo mundo que de manhã estava na Tower Of London resolveu ir pra lá. Filas daquelas que não dá pra ver o fim se espalhavam por todo o lugar, mas... nossa filha tinha comprado um ticket que permitia entrar direto no negócio, com hora marcada! Perfeito! 


Prazer, London Eye
Cada compartimento da roda gigante recebe uma verdadeira multidão e o desembarque da turma que acabou de dar sua volta (sim, é uma volta e olhe lá!) e o povo que vai embarcar é feito com a roda gigante em movimento - uma verdadeira operação de engenharia que vale a pena acompanhar. Lá em cima, o que vale é a vista da cidade. E Londres é uma cidade linda, sim senhor. 


Mesmo nublada, Londres é linda
Como a London Eye fica perto do Big Ben, fomos até lá dar uma olhada e tirar umas fotos. A região em que ela se situa é bem central e estávamos perto do horário do rush, pouco mais de 5 da tarde. E na caminhada até lá deu pra perceber como a coisa funciona por lá, principalmente em relação a motos e bicicletas, sobretudo num momento em que esse assunto virou moda em cidades como São Paulo, por exemplo. Lá a ciclovia (ou ciclofaixa, nunca sei qual é o quê) são dois risquinhos na beira da calçada de não mais de 30 centímetros cada. Com isso, as bicicletas invadem direto a faixa dos carros e (principalmente) ônibus, sendo que esses também "pisam" o tempo todo na ciclovia (ou ciclofaixa...). E em momento algum vi carro ou ônibus sendo jogado de propósito em cima das bikes, nem ciclista tirando a mão do guidão pra mostrar o dedo do meio para um motorista - e aí perdendo o equilíbrio e sendo esmagado pelo que vem atrás, como já aconteceu por aqui. Tem muito ônibus e carro naquela cidade, a quantidade de ciclistas e motociclistas é absurda e não vi um desentendimento sequer. Algo me diz que o segredo pra isso dar certo está numa palavrinha chamada "respeito"... 


O relógio mais famoso do mundo
Pra encerrar o dia, um passeio de barco pelo Tâmisa - interessante ver Londres por outra perspectiva após subir na Tower Bridge e andar na London Eye. 


Tower Bridge vista do Tâmisa
Já era noite quando voltamos ao hotel e pra mim era o prenúncio de um passeio mais que especial, já que no dia seguinte iríamos a Liverpool. Assim, nada melhor que uma parada no bar do hotel pra uma Guinness (duas? Três?? Acho que foram só duas, hein...). Sim, vida é boa - mas poderia ficar ainda melhor...

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